segunda-feira, 30 de maio de 2011

Noites Épicas.

Dr. Onofre.

Muitas são as noites lendárias que a cidade nos oferece. Há vezes em que elas surgem de onde menos esperamos e vão crescendo numa espiral de insanidades, que eu conceituo de maldição de sábado à noite. Em geral, as boas madrugadas vão-se enriquecendo com o álcool e com a mistura equilibrada entre música tosca e lugares decadentes.

Mariuzzin, 00, Dama de Ferro, Pista 3 são exemplos dessa feliz junção de fatores ruins que proporcionam experiências únicas, inequecíveis nos limites do álcool. Nesses lugares feios, a bebida adulterada, o chão sujo e o som de Artic Monkeys me deixam feliz.

Algumas novidades tecnológicas, como o cinema 4D, que foi mencionado pelo Dr. Boris, também ajudam a transformar programas cotidianos em verdadeiros eventos.

Mas se, em geral, as melhores noites apresentam-se de forma despretensiosa, o que esperar de uma noite que, de antemão, se anuncia épica? Explico melhor: como se preparar para soirées que antes mesmo de começarem já despertam os risos e a ânsia de vômito, típicos do fim de noite? E se o lugar for muito mais tosco que o habitual; a bebida, além dos níveis recomendáveis para um cavalo; a música, horrorosa?

Um convite para ir à Via Show me leva a esses questionamentos. O anfitrião já fala tudo: música péssima, Baixada Fluminense e patrocínio de uma destilaria. Será que a mistura dos fatores em excesso dá muito samba ou muita dor de cabeça? Corro dois riscos que não me agradam: estar bêbado no fim do mundo sem conseguir pegar um táxi para voltar para casa e só querer sair no subúrbio...

Nenhum comentário:

Postar um comentário