sexta-feira, 10 de junho de 2011

Segurança Pública.

Dr. Onofre.


Essa semana que passou fui levado a intensa reflexão sobre segurança pública. Motivado por um comentário de uma amigo no facebook, voltei a me estressar com um tema que já tinha me irritado, que eu tinha esquecido e que me irritou de novo.

A segurança pública é um problema seríssimo do Brasil, e, sendo um habitante do Rio, devo dizer que sou quase um expert no assunto. Discutir (in)segurança pública com pessoas de outros estados é garantia de monotonia para mim. Poucos deles já viveram tantos planos de melhora infrutíferos quanto nós, cariocas.

Quem, vivendo em pleno século XXI, já teve um zeppelin como principal arma contra a bandidagem? Quem já viveu UPPs, com polícia invadindo favelas e perseguindo bandidos? Quem já acreditou que deixar os favelados construirem suas casas com cimento auxiliariam na redução da criminalidade?

Banda podre, corrupção, jogo duplo e seus outros sinônimos parte do vocabulário cotidianos de qualquer pessoa com mais de 15 anos aqui. Até ochefe da polícia já foi parar na cadeia nessa birosca ensolarada. Mas a ideia mais brilhante pra resolver o problema é defendida por um maranhense.

Sim, caros leitores, ao custo estimado de R$ 300 milhões, esse homem pretende resolver - tabajaramente - o problema da segurança pública nacional de uma só tacada. Adianto que a solução não é aumentar a puliça, como diria o Boris, nem tampouco patrulhar nossas fronteiras com os vizinhos bandidos que temos (Paraguai, Venezuela, Colômbia entre outros). Sarney (sempre ele!) resolveu que a solução para o problema de segurança no Brasil é um plebiscito. Isso mesmo, com R$ 300 milhões ele vai fazer uma pesquisa de opinião oficial, correndo o sério risco de ouvir: "não, nem queremos proibir as armas aqui."

Naturalmente, essa ideia não dará certo no Rio. Depois de tanta coisa, todos sabemos que naão há  saída rápida além de tacar fogo e começar tudo de novo. Sarney, mesmo você sendo membro da Academia Brasileira de Letras, autor de livros, ex-presidente, congressista há 347 anos seguidos, suas propostas para a segurança não aguentam dez minutos de porrada com o carioca mais distraído.

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