Dr. Onofre.
Há pouco mais de um ano, o presente colunista deslocava-se de um bloco na Visconde de Caravelas para outro, em Ipanema. Como no carnaval todo dinheiro desviado do goró é desperdício, o meio escolhido foi um 'buzunda' lotado.
Os poucos km foram percorridos em mais ou menos uma hora e 1/4 de garrafa de vodka. Os passageiros do coletivo - membros da realeza, travestis, presidente Lula, Mulheres Aranha, chinesas, piratas, odaliscas e outros bichos estranhos - foram cantando marchinas de carnaval, "Maria Roubou Pão na Cada João", hino do Flamengo e tudo mais. Acabadas as músicas óbvias, começou um jogo engraçado: cada um puxava uma música e apontava o próximo a cantar.
Depois de cantar Rebolation, eu - uma Amy Winehouse bem sacana - resolvi passar o microfone para um tiozinho. Visivelmente constrangido e sem saber o que fazer com a silêncio breve, mas constrangedor, o senhor abre a boca e solta:" - ...Besame... besame mucho...", levando o ônibus à loucura. Além de muito espirituoso, o tiozinho era paraguaio.
* * *
Flashes do carnaval passado, um Desbunde em três atos: Realeza, Travecos, Piratas e outros bichos estranhos; Provocante, Sexy e Arabesca ; e O Fardo da Fantasia.
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Surreal :)
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